segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CONVERSA DE VELHO

Gente, não existe nada mais deprimente que conversa de aposentado-velho quando começa a desfilar as histórias de cirurgia disso ou daquilo, cicatrizes, exames os mais variados, internações por isso ou por aquilo, nomes e endereços de clínicas e hospitais, nomes de médicos, de enfermidades, de medicamentos, etc.

Velho-aposentado sabe que o remédio "tal' é composto de mononitrato de isossorbida ou hidroclorotiazida, ou ainda bissulfato de clopidogrel, etc. e esses nomes que costumam soar tão estranhos quanto os nomes dos animais na idade da pedra lascada (quando não havia "au-au", nem "miau", nem "có-có", mas sim o "Tiranossaurus Rex', o "Pterossauro" ou "Pterodáctilo"), são para eles música suave aos seus ouvidos.

Eu não me considero "velho", mas apenas "curtido", "veterano" ou "sênior".

Estou na "versão 6.7", que em outro contexto significaria mais evoluída, mais avançada, mais moderna.

Não me dou ao luxo de perder o humor e nem a alegria de viver.

Afinal, já nasci com humor vítreo e aquoso, etc.

E mantenho um site de humor.

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